Estudar uma Cidade a partir de uma Praça

Informação sobre a Aula Aberta

Dia 4 de Novembro, pelas 18h no Zoom
Estudar uma Cidade a partir de uma Praça
Domingas Vasconcelos
Laboratório de Investigação – Seminários, 5º ano, Curso de Mestrado Integrado, 2021/2022
Docentes: Prof. Francisco Portugal e Gomes, Prof. Bernardo Vaz Pinto
DAU – Departamento de Arquitectura e Urbanismo, ECATI
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa

Resumo

Viver no Porto desde criança e estudar Arquitetura na Facudade de Arquitetura da Universidade do Porto foram estabelecendo em mim uma relação cada dia mais intensa com esta cidade. Uma década após o termo da licenciatura e quase outro tanto tempo de trabalho diário sobre o Porto, como arquiteta ao serviço do município, senti a necessidade de um novo tempo de estudo académico que me ajudasse a transformar em conhecimento consolidado um manancial de informação e de interrogações sobre a história desta urbe e dos seus construtores.

Por este motivo e com o objetivo de sistematizar informação documentalmente apoiada sobre os factos e personagens que foram moldando o espaço urbano, com particular incidência no século XX, propus-me fazer um Mestrado em História da Arte, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, tendo como orientador o Professor António Cardoso.

Foram tempos de voltar a estar entre estudantes que fazem perguntas, trocam ideias e partilham ‘descobertas’. Foi uma oportunidade de ouvir os professores falarem com entusiasmo das suas pesquisas e trabalhos publicados. Aprender com o grande especialista em Marques da Silva, com a sua visão alargada da Cidade, da Arquitetura e da Arte do século XX, foi um privilégio.

O trabalho pessoal, solitário, foi também uma constante. A estruturação do trabalho com a fixação e reformulação dos tópicos e das perguntas e hipóteses de investigação. A aprendizagem e experimentação de metodologias e instrumentos de pesquisa. As horas passadas no arquivo histórico em busca e na consulta de documentos (cartografia, planos de abertura de ruas, licenças de obras, …). As tardes nas bibliotecas das faculdades, lendo trabalhos académicos que então apenas estavam disponíveis na versão impressa entregue para avaliação. Mas também já alguma pesquisa no mundo, então ainda novo, da internet. Não esquecendo as idas ao lugar, para percorrer, ver e rever, fotografar. Importante foi também uma viagem de estudo, nas férias de Verão, com um itinerário programado a partir de obras-chave para uma melhor compreensão da ‘igreja do Marquês’.

A escrita da dissertação foi um exercício disciplinador do pensamento e que trouxe coerência a um discurso apoiado na informação recolhida, nos documentos consultados, na experiência do lugar e no percorrer de outros lugares.

A vontade de que esta teia de relações que passaram a enquadrar o meu olhar sobre o Porto pudesse ser útil e utilizada de modo alargado, levou depois a uma outra etapa: a publicação do livro «A Praça do Marquês de Pombal na Cidade do Porto. Das suas origens até à construção da Igreja da Senhora da Conceição» (FAUPpublicações, 2008).

Nota biográfica

Domingas Vasconcelos é licenciada em Arquitetura (FAUP, 1990) e mestre em História da Arte (FLUP, 2004). Trabalha como arquiteta na Câmara Municipal do Porto desde 1992, na Divisão de Estudos Urbanísticos (até 1999) e na Divisão de Património Cultural (desde 2000). É membro da Ordem dos Arquitetos, do ICOMOS-Portugal (Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios) e sócia fundadora da APRUPP (Associação Portuguesa para a Reabilitação Urbana e Proteção do Património).

Acompanha o trabalho profissional centrado no património arquitetónico e urbano do Porto com investigação no âmbito do Património Cultural, da Paisagem Histórica Urbana e da Sustentabilidade na cidade, participando também na realização de ações de divulgação de pesquisa científica e de boas práticas nestas áreas de que são exemplos os seminários Cuidar das Casas I: A manutenção do Património Corrente (2011) e Cuidar das Casas II: A conservação do Património do século XX (2013) bem como o recente Workshop “Conservation of old timber window frames and doors”, integrado na campanha World Heritage Volunteers UNESCO do programa European Heritage Training Course (2021).

O Seminário convida investigadores e arquitectos de instituições de ensino ou unidades de investigação exteriores a fazerem apresentações nos seguintes tópicos:

  • Trabalho de Mestrado e Prática Posterior de Investigação
  • Inquietação: Interacção da Teoria com a Prática da Arquitectura

As sessões apresentam experiências de transição do percurso académico para a actividade profissional, convocando participantes e alunos a uma reflexão sobre o modo como a experiência do trabalho de dissertação pode ser determinante na actividade profissional, na prática da arquitectura e na pesquisa de suporte dessa mesma prática. É possível compatibilizar no início de carreira os domínios da prática, teoria e crítica com investigação operativa?

O que investigadores e arquitectos podem trazer para o debate académico? Como vêem a actividade de investigação e o suporte da sua própria criação arquitectónica e de criações referenciais? A arquitectura desperta interesse noutras áreas científicas? Os jovens arquitectos desenham escrevendo e escrevem desenhando? Qual a importância do conhecimento da História? De que modo os seus métodos e instrumentos são determinantes para atingir objectivos e obter soluções? De que modo o suporte dessa mesma prática reflecte inquietações?

O seminário tem como objectivos principais fornecer aos alunos conteúdos e matérias de estímulo à concretização do Projecto de Dissertação (Plano de Trabalhos) e suscitar uma reflexão acerca dos campos da pesquisa arquitectónica, convidando profissionais a contribuírem para que os alunos reflictam sobre a transição do percurso académico para a actividade profissional, visando desenvolver competências de autonomia para a organização do seu conhecimento e a aptidão para distinguir não apenas os domínios fundamentais da arquitectura – prática, crítica, teoria, história – bem como as articulações e inter-relações que entre eles se estabelecem e a contactarem com investigadores de outras áreas científicas.

Aula Aberta, 21 de Outubro às 18h: Estudos de Caso e Avaliação: uma reflexão a partir do campo das políticas urbanas e de habitação

Estudos de Caso e Avaliação: uma reflexão a partir do campo das políticas urbanas e de habitação

Resumo

O objetivo da aula é a partilha de experiências de investigação académica no campo das políticas urbanas e de habitação. A apresentação estrutura-se em quatro partes: a reflexão sobre a importância da teoria para o avanço do conhecimento científico; dos estudos de caso para o teste das teorias; da identificação dos temas emergentes no atual contexto das políticas europeias (Next Generation EU) e da análise comparada internacional para estimular a aprendizagem.

Nota biográfica

Sónia Alves é investigadora auxiliar no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e investigadora convidada no BUILD – Department of the Built Environment da Aalborg University. Ao longo da última década participou em vários projetos de investigação na área da geografia social, sociologia urbana, políticas urbanas e de planeamento urbano. Nos últimos anos tem investigado o modo como as políticas de planeamento urbano podem contribuir para alcançar os objetivos das políticas de habitação, nomeadamente os da promoção de habitação acessível às famílias de rendimentos médios e baixos e para contrariar tendências de segregação e desigualdade socio-espacial. Mais informações em https://orcid.org/0000-0003-1231-8588

O Seminário convida investigadores e arquitetos de instituições de ensino ou unidades de investigação exteriores a fazerem apresentações nos seguintes tópicos:

  • Trabalho de Mestrado e Prática Posterior de Investigação
  • Inquietação: Interação da Teoria com a Prática da Arquitetura

As sessões apresentam experiências de transição do percurso académico para a atividade profissional, convocando participantes e alunos a uma reflexão sobre o modo como a experiência do trabalho de dissertação pode ser determinante na atividade profissional, na prática da arquitetura e na pesquisa de suporte dessa mesma prática. É possível compatibilizar no início de carreira os domínios da prática, teoria e crítica com investigação operativa?

O que investigadores e arquitetos podem trazer para o debate académico? Como veem a atividade de investigação e o suporte da sua própria criação arquitetónica e de criações referenciais? A arquitetura desperta interesse noutras áreas científicas? Os jovens arquitetos desenham escrevendo e escrevem desenhando? Qual a importância do conhecimento da História? De que modo os seus métodos e instrumentos são determinantes para atingir objetivos e obter soluções? De que modo o suporte dessa mesma prática reflete inquietações?

O seminário tem como objetivos principais fornecer aos alunos conteúdos e matérias de estímulo à concretização do Projeto de Dissertação (Plano de Trabalhos) e suscitar uma reflexão acerca dos campos da pesquisa arquitetónica, convidando profissionais a contribuírem para que os alunos reflitam sobre a transição do percurso académico para a atividade profissional, visando desenvolver competências de autonomia para a organização do seu conhecimento e a aptidão para distinguir não apenas os domínios fundamentais da arquitetura – prática, crítica, teoria, história – bem como as articulações e inter-relações que entre eles se estabelecem e a contactarem com investigadores de outras áreas científicas.

Laboratório de Investigação – Seminários, 5º ano, Curso de Mestrado Integrado, 2021/2022

Docentes: Prof. Francisco Portugal e Gomes, Prof. Bernardo Vaz Pinto

DAU – Departamento de Arquitetura e Urbanismo, ICATI

Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa.

Entrega do Prémio do Concurso Internacional de Desenho 2021



O Museu Bordalo Pinheiro recebe amanhã, 15 de outubro, a partir das 11h30, a cerimónia de, organizado pela professora Filipa Oliveira Antunes, da ULHT – Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.

A cerimónia conta com a presença do vencedor da edição deste ano do concurso, Miguel Ângelo Bernardo, que participou com a obra “Omelburg” (ver primeira imagem), e dos dois participantes que receberam menções honrosas, João Sequeira e Raro de Oliveira.

Os membros do júri do concurso, Filipa Oliveira Antunes e João Alpuim Botelho, farão o discurso de abertura da cerimónia.