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Eventos

Arquitetura de Jardins de Infância: Práticas Contemporâneas - Creche + Jardim de Infância Dandélio, Coimbra

Ciclo de aulas

Arquitetura de Jardins de Infância: Práticas Contemporâneas
Novembro/Dezembro de 2021
Aula 1
Creche + Jardim de Infância Dandélio, Coimbra
ORANGE Arquitectura – Alexandre Dias e Amália Freitas

Tipo 
Encomenda privada

Cliente 
APPACDM-COIMBRA

Localização 
Coimbra, Portugal

Status 
Construído

Fotografia 
Do mal o menos

O Colégio Dandélio resultado de uma iniciativa da APPACDM, disponibiliza à comunidade local um novo espaço dedicado ao desenvolvimento infantil, que se pretende pedagogicamente diferenciado, acolhendo uma creche e um jardim-de-infância.
O edifício está construído em terreno urbano, numa encosta da cidade de Coimbra e o seu desenho procura compatibilizar a resposta ao programa funcional com o respeito pela morfologia envolvente, embora sugerindo novas regras arquitectónicas. As restrições orçamentais foram também determinantes, resultando numa estrutura modular que se reflecte na própria fachada.

A acessibilidade universal é especialmente importante neste âmbito e, nesse sentido, eliminaram-se quaisquer barreiras físicas que constituíssem obstáculos à livre circulação de todas as crianças, garantindo que, apesar do projecto se desenvolver em dois pisos, se reservavam ao piso inferior áreas de serviço como balneários do pessoal, lavandaria, arrumos e garagem coberta libertando-se o piso térreo para reunir as principais áreas funcionais do programa.

A organização cruciforme da planta permite que o átrio comunique directamente com as áreas comuns – salas de professores, administração e instalações sanitárias acessíveis – bem como com a creche e jardim-de-infância. A Creche, destinada a crianças até aos três anos de idade, inclui um berçário, copa de leite, zona de higienização, sala-parque e duas salas de actividades. À excepção dos sanitários dedicados, todos os espaços comunicam entre si e permitem a observação e controlo permanente.

Por sua vez, o jardim-de-infância reúne duas salas de actividades, instalações sanitárias, sala de refeições e sala polivalente, sendo que estas duas últimas são espaços partilhados que, através de divisórias amovíveis, permitem a sua utilização autónoma ou em conjunto, beneficiando ainda de uma relação directa com o espaço de recreio coberto.
No interior, o pavimento vinílico azul e a cor natural dos elementos de carpintaria destacam-se dos restantes materiais cuja predominância do branco pretende criar uma plataforma neutra interactiva apropriável pelas crianças.

O recreio exterior apresenta-se vedado pela arquitectura do edifício e pelos muros que delimitam o lote. Tem exposição solar privilegiada, acesso directo a partir das salas de actividades e, através de uma rampa, dará acesso a um segundo espaço de recreio, a localizar à cota baixa do logradouro, que incluirá as hortas pedagógicas que complementam as actividades lúdicas no exterior.
A Criança está no centro de todas as decisões relativas a este processo, e esse cuidado manifesta-se quer na atribuição da melhor exposição solar, ventilação natural e contacto com o exterior às salas destinadas à estadia das crianças, quer em momentos arquitectónicos singulares, como a dupla escala dos vãos exteriores, que resulta na imagem de marca deste empreendimento.

Alexandre Saraiva Dias nasceu no Porto em 1974.
É licenciado em Arquitectura (2000) e pós-graduado em Arquitectura, Território e Memória (2004) pela Universidade de Coimbra onde lecciona desde 2018, no Mestrado Integrado do Departamento de Arquitectura, as Disciplinas de Construção V, Construção VI e Projecto II. Em 2019, integra o programa Erasmus+ Staff Mobility Teaching participando em missões na National Technical University of Athens e na University of Limerick.
Colabora, em 1999, no gabinete do Arquitecto Pedro Maurício Borges, em Lisboa, iniciando, em 2000, a sua actividade enquanto profissional liberal.

Tem sido convidado a participar em sessões críticas, debates, conferências e exposições.
Tem obra premiada e publicada tanto em Portugal como no estrangeiro, destacando-se o Bairro da Boavista, em Lisboa, Primeiro classificado no Concurso Público de Conceção da Solução Arquitetónica para a “Zona de Alvenaria” do Bairro da Boavista em Lisboa, (co-autoria com Luís Spranger e Bruno Silvestre), o Colégio Dandélio, em Coimbra (co-autoria com Maria Amália Freitas), Menção Honrosa no Prémio Diogo de Castilho 2017, o Bairro Padre Cruz, em Lisboa, (co-autoria com Luís Spranger e Bruno Silvestre) integrado na RIBA International List 2018 e na representação portuguesa na Biennale di Architettura di Venezia de 2021 e seleccionado para a XI Bienal Iberoamericana de Arquitectura e Urbanismo 2019 e para o Grande Prémio Enor Arquitetura 2020, e as Novas Instalações da Cooperativa Farmacêutica Plural, em Coimbra (co-autoria com Maria Amália Freitas), Prémio Nacional de Reabilitação Urbana 2019 na categoria Comércio e Serviços e Prémio Diogo de Castilho 2019.

Maria Amália Freitas nasceu em Coimbra em 1974.
É Licenciada em Arquitectura (2001) pela Universidade de Coimbra.
Colabora, em 1999, no gabinete do Arquitecto João Mendes Ribeiro iniciando em 2001 a sua actividade enquanto profissional liberal.
Entre 2008 e 2009 colabora no processo de Candidatura da Universidade de Coimbra a Património Mundial da Unesco, Gabinete de Candidatura à Unesco, Universidade de Coimbra.

Tem obra premiada e publicada tanto em Portugal como no estrangeiro, destacando-se o Colégio Dandélio, em Coimbra (co-autoria com Alexandre Saraiva Dias), Menção Honrosa no Prémio Diogo de Castilho 2017, e as Novas Instalações da Cooperativa Farmacêutica Plural, em Coimbra (co-autoria com Alexandre Saraiva Dias), Prémio Nacional de Reabilitação Urbana 2019 na categoria Comércio e Serviços e Prémio Diogo de Castilho 2019.

O ciclo de aulas proporciona aos alunos o conhecimento de assuntos diretamente relacionados com o tema e programa da unidade curricular de Arquitetura I, através do contacto directo com autores de práticas contemporâneas de arquitectura de Jardins de Infância. Os seus objectivos consistem fundamentalmente em induzir o questionamento de interpretações redutoras dos dados e do contexto, estimular o desenvolvimento de competências de consolidação de domínio metodológico dos processos de projecto e uma tomada de consciência da acção do arquitecto como agente moderador da realidade.

Calendário

Segundas-feiras

  • 22-11-2021 Orange-Arquitectura – Alexandre Dias e Amália Freitas
  • 29-11-2021 Site Specific- Patrícia Marques e Paulo Costa

Quintas-feiras (e-learning via Zoom)

  • 2-12-202 PM Arquitectos – Pedro Mendes
  • 9-12-2021 Sastudio -Tiago Sá

DAU- Departamento de Arquitectura e Urbanismo, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa
Unidade curricular Arquitetura I, 4º ano, 1º semestre, 2021/2022, Mestrado Integrado

Organização

Carlos Guimarães, Francisco Portugal e Gomes